Desde 2015, após decisão do Supremo Tribunal Federal, está proibido empresas fazerem doações e financiar campanhas políticas. Com a mudança, agora somente pessoas físicas podem fazer doações, o que trouxe alterações (que podem ser vistas aqui) na dinâmica das campanhas eleitorais desde 2016.

Entretanto, as alterações também trouxeram novidades. Agora os candidatos podem utilizar financiamentos coletivos (crowdfunding), inclusive através da internet.

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Para essas eleições, as doações pela internet podem começar a ser realizadas a partir do dia 15 de agosto (terça-feira). Porém, as contribuições não podem ultrapassar 10% dos rendimentos brutos do doador no ano anterior (2017).

Vale ressaltar que para o PSOL, essa proibição não fez diferença, pois o partido já proibia as doações empresariais em suas campanhas, o que garantia que seus candidatos não tivessem o rabo preso com nenhum grupo empresarial caso fossem eleitos, nem ficassem à mercê dos interesses de banqueiros ou grandes setores empresariais – como as construtoras, por exemplo.

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Com a possibilidade do financiamento público pela internet, candidatos idôneos que antes não tinham muitos recursos para financiar suas campanhas – exatamente por não aceitarem doações de empresas – agora tem alguma possibilidade de ocupar lugares importantes na disputa eleitoral, como foi o caso de Marcelo Freixo (PSOL) no Rio, que arrecadou mais de R$1 milhão através do financiamento coletivo – número ainda muito inferior ao do candidato rival, o atual prefeito do Rio, Marcelo Crivella.

Isso demonstra a força que esse tipo de financiamento pode ter nas eleições de 2018, onde o eleitor pode contribuir com candidatos que realmente acredita e que muitas vezes não tem muitos recursos do fundo eleitoral ou de seu partido.

Esse dinheiro deve ser utilizado para realizar as atividades da campanha, em viagens, produção de materiais, etc. Portanto, não deixe de conferir se o seu candidato possui essa ferramenta de campanha em seu site e ajude se puder. Esse dinheiro pode fazer toda a diferença.